quarta-feira, 20 de maio de 2015


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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

A crise da Família é fruto da crise do capitalismo






Chegados ao final do ano de 2014, dou início a uma reflexão sobre a tão propalada crise da “família”. Aqui publico uma primeira parte dessa reflexão.

Reflexão 1ª parte

Ao longo da evolução humana, a família não existiu sempre, tal como a conhecemos hoje, assim como o Estado não existiu sempre.
Com a Revolução Industrial e a instauração do sistema de produção, o sistema capitalista objectivamente dividi-o a sociedade em classes sociais com interesses irremediavelmente opostos.
Com o desenvolvimento das forças produtivas, a sociedade foi organizando numerosos organismos para defender e controlar o aumento das riquezas. Criaram meios coercivos do Estado, constituíram um enorme aparelho para manter os seus privilégios.
Criaram o exército, polícia, tribunais e sistema judicial e prisional como órgãos repressivos para produzir e aplicar leis defendendo a sua propriedade privada.
Criaram um sistema educativo e religioso para formarem e educarem as famílias, á luz dos direitos e dos privilégios das classes dirigentes do Estado e dos capitalistas.
A família tornou-se, assim, um foco de exploração e opressão.
Ao longo da história, da evolução e também das crises do sistema capitalista, a família, tornou-se, “de repente” no centro das atenções.
Esta crise económica manifesta-se, no seio da família, nas relações entre casais, assim como entre pais e filhos.
A crise no seio da família pode, e tem vindo a, tomar várias e inúmeras formas. São exemplos os dramas das violências domésticas, que de domésticas só tem o nome, pois são públicas, os dramas das separações, com divórcios ou sem eles, no papel, os abandonos das mães solteiras, os conflitos entre sogros, os conflitos entre pais e filhos, os conflitos entre irmãos, as guerras que se desencadeiam na disputa das heranças, os abandonos dos velhos nos hospitais, nas casas e nos asilos, jogados para o poço da solidão e do esquecimento.
Os jornais, revistas, televisões e cinema dão-se ao luxo de fazer espetáculos e ganharem rios de dinheiro à custa destes dramas humanos, gerados pelo seu próprio sistema económico capitalista.
É evidente a profunda crise no seio da família, mas quais as suas causas? Qual a sua raiz? Como acabar com esta crise? Qual o remédio para erradicar o mal?
As classes dirigentes e privilegiadas do(s) Estado(s) reúnem pelo mundo fora, gastando milhões e milhões dos dinheiros públicos, mas nada resolvem a favor dos indivíduos e das famílias.
As medidas que vão tomando são sempre no sentido de manter a ameaça, aos seus privilégios, o mais longe possível.
Sendo evidente e profunda a crise da família, as explicações e os remédios multiplicam-se. As revistas, sobretudo as destinadas às mulheres, abundam em conselhos para manter a harmonia no lar ou para a educação das crianças. Psiquiatras, Psicólogos, médicos, e tantos outros técnicos ligados ao ensino, manifestam-se preocupados, mais com a juventude delinquente, e tentam travar o mal. O menos que se pode dizer é que os resultados são ilusórios, ainda, ainda que certos estudos revelados frequentemente, possam ser interessantes e até úteis.
No meio desta confusão, destas tentativas, devemos reparar que o próprio princípio de família nunca é contestado. Parece que se considera a família como uma instituição que sempre existiu desde sempre, que os cuidados com as crianças incumbem necessariamente aos pais, que devem ver aí a sua preocupação essencial.
Na verdade, os padrões da família variaram ao longo dos séculos, como qualquer evolução humana, e cada sociedade procurou a que lhe parecia melhor adaptada às suas necessidades e, em seguida, dedicou-se a conservá-la sem alteração. Em todos os casos, a família, tem permanecido sempre como a base da vida social e, é a instituição mais respeitada, pela razão bem evidente que é através dela que tem sido assegurada a continuidade da espécie. A sacralização da família, consciente ou inconscientemente, está profundamente enraizada no espirito da esmagadora maioria e é por isso que qualquer ofensa que tem por objecto a base da família aparece como um sacrilégio.
No entanto, se a organização da família tem uma base material, a ideologia familiar é uma superstrutura, e é necessário pensar, com exatidão, que sofrerá, por sua vez, uma transformação total com a mudança das bases económicas da sociedade.
Não será errado afirmar que, a crítica da família não fere apenas interesses e tradições enraizadas, assim como sentimentos profundos, aos quais a maioria dos indivíduos se sente ligados. Assim sendo, apesar de todas as suas fraquezas, conflitos e guerras, a família, ainda se, mantem o centro de apoio, segurança e afecto. A dedicação natural dispensada às crianças permite à mulher a satisfação do seu instinto maternal, fazendo-a sentir a sua importância, sendo que, também a criança, no seu início de vida, apenas pode continuar a existir graças à ternura, aos afetos e aos sacrifícios que a mãe faz pela criança. A mulher gera a criança, trá-la ao mundo, mas ainda tem que lhe ensinar gestos, hábitos e comportamentos que a devem preparar para o caminho da adolescência e até atingir a fase adulta.
Tudo isto porque a sociedade não está à altura de a substituir num grande número de funções, a mãe, principalmente, prolonga, por muito tempo, a protecção, vigilância e sacrifícios, e desta forma reforça os laços que a ligarão sempre aos filhos. Não podendo ensinar senão o que sabe, a mãe ensina a sua visão de costumes, de crenças, o comportamento social que ela própria herdou, e desempenha, deste modo, um papel decisivo na transmissão de hábitos sociais: este é o mais poderoso meio de persistência da tradição. Dai afirmar-se que “cada indivíduo é produto do meio onde vive”.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Primado da Igualdade


No Planeta Terra, o chão que pisamos parece ser a coisa mais sólida e imutável que conhecemos. E, ele, forma as fundações das cidades e proporciona um ambiente em que podemos viver. Mas o Planeta Terra roda sobre o seu eixo e viaja através do espaço hostil, girando ao mesmo tempo em redoe da fornalha nuclear que é o nosso Sol. É, pois, um planeta activo, dinâmico, vivo e também mutável.

Esta maravilha, espacial, é mesmo especial, com composição da atmosféra, com oxigénio livre e gases como o metano só podem ser mantidos através da vida. As cores caracteristicas da clorófila, o pigmento usado pelas plantas em terra e pelas as algas no mar para captarem a luz solar.

A vida transformou a Terra e a Terra mantém a vida. Enterrados nas rochas existem minerais, pedras e metais preciosos. Utilizando a energia da Terra, em forma de carvão e petróleo, transformamo-los em artefactos da civilização, de livros e prédios a carros, computadores e outras técnologias.

Está aqui o Primado da Igualdade, o Planeta Terra é Público, e toda a sua matéria é Pública e não privada. É aqui, neste espaço Público, que teve ínicio a vida na Terra há mais de 300 milhões de anos. Desde então, uma espantosa variedade de animais e plantas evoluíram a partir das «Moléculas vivas», organismos unicelulares que se desenvolveram em simples formas de vida, flutuando nos oceanos.
A partir deste começo simples, a vida dividiu-se em muitas direcções. Os dois ramos principais foram as plantas e os animais.

Todos dependemos da Terra e o Planeta Terra é de todos e não apenas de alguns, os Ladrões.













segunda-feira, 24 de novembro de 2014

IX CONVENÇÃO NACIONAL do BLOCO de ESQUERDA

Publico aqui, para memória futura, a intervenção que desejava fazer na 9ª Convenção Nacional do Bloco de Esquerda, mas que não realizei por motivos de organização da assembleia magna.


Bom dia a todas e a todos


Camaradas,


Apresento-me a esta convenção como apoiante da Moção Unitária em Construção, moção U.
Como aderente do Bloco e não fazendo parte de qualquer tendência, aderi desde início ao processo protagonizado para a Construção de um projecto, de uma maquete e finalmente de uma moção política, que arma cada aderente e armará, assim o espero, o nosso partido.

Camaradas,

Os governos europeus insistem na austeridade a mando dos banqueiros que constituem os ganges dos Barões Ladrões dos cidadãos e dos dinheiros públicos.


Todos os países europeus enfrentam o problema da dívida que afeta severamente as vidas dos povos e as contas públicas. A Alemanha e a França, quinta potência mundial, também não escapam da crise que faz a felicidade dos bancos e dos Barões Ladrões.

Temos um cenário com denominador comum que está a provocar alterações políticas, que podem ser profundas na escala europeia. Nenhuma nação europeia escapa ao problema da dívida pública, apesar da gravidade da crise ser diferente de país para país. O banco central europeu, tenta dividir os países por  “bons e maus alunos”, colocando de um lado Bulgária, Romênia, República Checa, Polônia, Eslováquia, seguidos pelos países bálticos e escandinavos, com um endividamento inferior a 60% do PIB. Do outro lado, colocam os, ditos, “maus alunos”, cuja dívida pública ultrapassa os 100% do PIB: Irlanda, Grécia, Portugal, Espanha e Itália. Entre estes dois extremos, estão os outros países da União Europeia, tais como França, e calcule-se a Alemanha cuja dívida oscila entre 75% do PIB.

Os governos capitalistas europeus, liderados pela Alemanha de Ângela Merkel, são unânimes quanto à importância que se deve dedicar à “redução do déficit” público, aplicando políticas de Austeridade.
O Capitalismo europeu coloca no centro do seu ataque aos povos A AUSTERIDADE, O PAGAMENTO INTEGRAL DE JUROS E DÍVIDA E COMO REGRA PARA O SEU CUMPRIMENTO FEZ APROVAR O TRATADO ORÇAMENTAL.
No entanto, com algumas exceções, em geral houve uma incapacidade da esquerda na europa em responder à nova estrutura de classes das sociedades pós-industriais europeias. Na Europa, cerca de 80% dos trabalhos estão no setor se serviços, muitos dos quais são de classe média. Poderemos dizer que a classe operária é hoje bastante reduzida, em relação aos anos 80, ainda que haja um aumento da proletarização em toda a europa, mas, as formas de organização da esquerda ainda refletem o sistema produtivo industrial.
 As políticas de AUSTERIDADE na europa, nomeadamente na zona euro, com cortes da despesa social e do emprego públicos, a desregulamentação do mercado orientada para reduzir os salários, reduzir pensões e subsídios, Mas ajudando as instituições do capital financeiro, que quer dizer predominantemente a banca, têm cumprido um papel-chave na redução do nível de vida das classes populares. E, limitou a sua capacidade aquisitiva, diminuindo a procura e reduzindo a atividade económica e a produção de emprego, além de aumentar a pobreza e a miséria, já que temos cerca de 28 milhões de desempregados na União Europeia.
Como sabemos, o principal ataque aos cidadãos da Europa, nomeadamente aos portugueses, É FEITO PELOS INTERESSES ECONÓMICOS CAPITALISTAS EUROPEUS, NACIONAIS E MUNDIAIS, CONTRA OS INTERESSES ECONÓMICOS E SOCIAIS DOS CIDADÃOS EUROPEUS E PORTUGUESES.

Logo, o CENTRO DA NOSSA TÁTICA, DEVE SER CONTRA ESSAS MEDIDAS AUSTERITÁRIAS DOS BARÕES/LADRÕES CAPITALISTAS PORTUGUSESSES E EUROPEUS.
Ficarmos, NESTE QUADRO POLÍTICO, ACANTONADOS NA DEFESA DA CONSTITUIÇÃO,É UMA VISÃO FORA DA REALIDADE OBJECTIVA, FORA DO TEMPO E FORA DO CENTRO DA LUTA DE CLASSES;
É FICARMOS FORA DO EMBATE ENTRE AS FORÇAS DO CAPITAL E AS FORÇAS DO TRABALHO;
É ABANDOR-MOS OS TRABALHADORES AOS INTERESSES DA SOCIAL-DEMOCRACIA PS/ COSTISTA;
Será REFUGIAR E ISOLAR, NO REDUTO NACIONALISTA, “TRANSFORMANDO-NOS” NO PCP DOS PEQUENINOS e a constituição.
Não é que tenhamos algo contra os pequeninos, porque sabemos ser ainda pequenos para as grandes e gigantescas lutas, QUE QUEREMOS VITORIOSAS, contra a AUSTERIDADE, A REESTRUTURAÇÃO DA DÍVIDA E O TRATADO ORÇAMENTAL.
Mas, porque assim pensamos, DEVEMOS, CREMOS e PODEMOS procurar UNIFICAR AS LUTAS CIDADÃS NA EUROPA, CONTRA AS MESMAS CAUSAS E FORÇAS OSTIS COMUNS, SEGUINDO UMA VIA SOLIDÁRIA PELAS MESMAS SAÍDAS E PODERMOS RETIRAR BENEFÍCIOS, MUTUOS,PARA OS CIDADÃOS DOS NOSSOS PAÍSES.
Urge, pois, seguirmos um caminho de UNIFICAÇÃO, RADICALIZAÇÃO E AMPLIAÇÃO DAS LUTAS CONTRA A AUSTERIDADE, DÍVIDA E TRATADO ORÇAMENTAL, NA ESCALA EUROPEIA E NACIONAL.

Camaradas,

Após definirmos as BANDEIRAS POLÍTICAS, é fundamental e determinante tratar das formas de ORGANIZAÇÃO para concretizar as políticas definidas.
As Propostas políticas ENUMERADAS exigem em simultâneo lançar o Debate e as Bases Organizativas, no seio do Bloco e na Sociedade portuguesa para a sua movimentação e concretização.
O Movimento, ou Movimentos, de cidadania contra a Austeridade, pela Reestruturação da Dívida e pelo Referendo ao Tratado Orçamental, deverão ser no sentido de permitir AMPLOS MOVIMENTOS, AMPLAS PARTICIPAÇÕES, LOGO NOVAS FORMAS ORGANIZATIVAS, QUE NÃO SE ENQUADRAM EM SIMPLES CONVITES PARA INTEGRAREM QUALQUER ESTRUTURA JÁ EXISTENTE.
O Movimento, ou Movimentos, são formas de trabalhar, de semear, não tem que ver diretamente com as eleições legislativas, visando fermentar a REVOLTA cidadã.
QUALQUER DESTAS PROPOSTAS OU CAMINHOS ESTARÁ ISENTA DE ERROS NAS SUAS APLICAÇÕES?
 NÃO!

Como não cometer erros?

Nestas caminhadas de lutas, que percorremos, com o fim estratégico do SOCIALISMO, como é óbvio, é longo e não é fácil, nem colectiva nem individualmente. Descarrilar, para a esquerda ou para a direita, não pisar o risco, ou até, não passar a linha que divide os interesses dos mais pobres, dos mais explorados, dos interesses da burguesia e do capital, é o que se pretende é o que faz toda a diferença e só com balanços criticos e autocríticos.
A história da luta pelo SOCIALISMO mostra-nos e exige um combate ideológico contra as ideias social-democratas e conciliadoras, e exige um combate MAIOR ao dogmatismo que se apresenta como "os puros", os autoconvencidos, arrogantes, donos da verdade e, por isso mesmo, são incapazes de fazer autócritica. Só o debate alargado a todo o Bloco, e não ficar acontonado, na mesa nacional, comissão política e secretariado, permitirá a superação de desvius e, a superação de crises.

VIVA A LUTA DE TODOS OS POVOS!

VIVA O BLOCO DE ESQUERDA!

Francisco Tomás
21 de Novembro de 2014





quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Nutrição, Alimentação


   Introdução

Estamos a participar na elaboração de um trabalho sobre Nutrição e Alimentação. Neste sentido vamos iniciar uma viagem pelos campos das pesquisas livrescas e de sítios, vários, na via rápida da internet.
Vamos pois reflectir, trocar ideias, negociar conceitos e chegar a compromissos para realizar o “cozinhado” final sobre o vegetarianismo, macrobiótica e vitaminas. Bem-vinda toda esta diversidade para a síntese de conhecimento nos corpos e nas mentes que se querem sãs. No nosso trabalho assim como no nosso organismo “nada se cria, nada se perde e tudo se transforma”, ou não fossemos nós o reflexo e um produto da mãe Natureza.

Vegetarianismo

Vegetarianismo é um regime alimentar que exclui da dieta todos os tipos de carne (vaca, peixe, frutos do mar, porco, borrego, cabrito, frango e outras aves, etc.), bem como alimentos derivados. É baseado fundamentalmente no consumo de alimentos de origem vegetal, com ou sem o consumo de lacticínios e/ou ovos.
Formas de vegetarianismo
Há principalmente quatro formas de dietas vegetarianas, classificadas de acordo com os tipos de alimentos:

Tabela de alimentos consumidos nas principais dietas vegetarianas.
Nome da dieta
Carne
Tolerância 0
Ovos
Lacticínios
Mel
Ovolactovegetarianismo
Não
Sim
Sim
Sim
Lacto vegetarianismo
Não
Não
Sim
Sim
Ovo vegetarianismo
Não
Sim
Não
Sim
Vegetarianismo Estrito
Não
Não
Não
Não

 Ovo lacto vegetarianismo
Dieta composta por alimentos de origem vegetal, ovos, leite e derivados deles. Nesta dieta só há a exclusão de qualquer tipo de carne da alimentação.

 Lacto vegetarianismo
Dieta composta por alimentos de origem vegetal, leite e seus derivados. Os que a seguem não comem ovos nem qualquer tipo de carne. Essa é a dieta tradicional da população indiana.

Ovo vegetarianismo
Dieta composta apenas por alimentos de origem vegetal e ovos, havendo a exclusão dos produtos lácteos e seus derivados e de carne.

 Vegetarianismo estrito
Também chamado de vegetarianismo verdadeiro, é uma dieta composta unicamente por alimentos de origem vegetal. Vegetarianos estritos não comem, assim, qualquer tipo de carne, ovos, lacticínios, mel, etc., retirando da dieta todos os produtos de origem animal.
Essa forma de dieta é frequentemente confundida com o veganismo, mas, embora Vega não seja vegetarianos estritos, não são a mesma coisa:
"Apesar de [nutricionalmente] classificarmos os 'vegetarianos verdadeiros' apenas pela alimentação, existe uma diferença entre o Vega no e o vegetariano estrito. Geralmente o Vega no também não utiliza produtos não alimentícios provenientes de animais, como lã, couro, seda e pele. Quando falamos em termos [exclusivamente] nutricionais, não faz diferença essa classificação.”
Enquanto o vegetarianismo estrito é apenas um regime alimentar, veganismo é respeito aos direitos animais - o que inclui o vegetarianismo estrito por razões éticas, mas não apenas (circo com animais, rodeios, produtos testados em animais, e qualquer outra forma de exploração animal é boicotada pelos Vega nos).
Existem também outras dietas vegetarianas menos comuns como o Crudivorismo e o Frugivorismo.

Confusão de termos
Vegetarianismo é uma palavra ambígua, ou seja, que tem mais de um sentido. No sentido de género, fala abrangendo todas as formas de vegetarianismo. No sentido de espécie, designa o verdadeiro sentido da palavra, o vegetarianismo estrito (que não consome nenhum produto de origem animal).
Nisso faz-se diversas confusões. As mais comuns são: simplificar o ovo lacto vegetarianismo por vegetarianismo; e confundir vegetarianismo estrito com veganismo. Devido a isso emprega-se o termo "dieta vegan", para indicar a dieta vegetariana estrita. Veganismo não é dieta alimentar, vegetarianismo sim. O correcto é sempre "dieta vegetariana". Ao referir-se a alguém que não se alimenta com nenhum produto de origem animal, usa-se o termo "dieta vegetariana estrita".

Origem e história (Global) do Vegetarianismo

O Homem pré-histórico era principalmente vegetariano.
O nosso antepassado mais antigo, o Australopitecos, alimentava-se de frutas, folhas e sementes, vivendo em perfeita harmonia com os restantes animais.
Com o domínio do fogo e o desenvolvimento das armas, o Homo Neanderthalensis, nosso antepassado mais recente, caçava, em grupos de 10 e 15 homens, animais de grande porte como mamutes e outros animais mais pequenos como veados, dos quais tudo era meticulosamente aproveitado.
Mais tarde, as populações humanas foram criando culturas de vegetais fixas, que começaram a atrair animais como
Donna Hart, professora de antropologia na Universidade de Missouri, e Robert W. Sussman, professor de antropologia e ciência ambiental na Universidade de Washington, argumentam no livro Man the Hunted, vencedor do W.W. Howells Award em 2006, que os nossos antepassados eram presas de outros animais. Segundo os autores, o crescimento do cérebro ocorreu muito antes de a carne vermelha fazer regularmente parte da dieta do Homem.

 Índia
O vegetarianismo tem origem na tradição filosófica indiana, que chega ao Ocidente na doutrina pitagórica. Nas raízes indianas e pitagóricas do vegetarianismo são ligadas a noção de pureza e contaminação, não correspondendo com a visão de respeito aos animais. Mahavira, fundador histórico do Jainismo, era vegetariano rigoroso, tal como os seus seguidores. Siddártha Gautama, o Buda, era vegetariano e não permita que os seus discípulos consumissem carne. Da mesma forma, Asoka, o imperador budista, recomendou o vegetarianismo e proibiu o sacrifício de animais.

Egipto

No Egipto, por volta de 3200 AC, o vegetarianismo foi adoptado por grupos religiosos, que acreditavam que o acto de não se alimentarem de carne criava um poder kármico que facilitava a reencarnação.

Pré-historia
O Homem pré-histórico era principalmente vegetariano e, se comprimirmos toda a evolução da humanidade na vida de uma pessoa de 70 anos, o consumo de carne só aparece nos últimos nove dias.

Estilhaços de História
Em 1901 foi criada a primeira sociedade vegetariana na Rússia. Em 1905 foi criada a primeira Sociedade Vegetariana em Espanha. Em 1908 foi fundada em Dresden, Alemanha, a União Vegetariana Internacional (International Vegetarian Union, IVU), uma organização sem fins lucrativos destinada a promover o vegetarianismo.

Em 1911 foi fundada a Sociedade Vegetariana de Portugal, com sede no Porto.
O vegetarianismo surgiu há cerca de 5 milhões de anos atrás. Os nossos antepassados, mais antigos, alimentavam-se de frutas, folhas e sementes, vivendo em perfeita harmonia com os animais mais pequenos, que poderia facilmente apanhar para se alimentar.
Pitágoras e Platão advogavam a não crueldade para com os animais. Eles verificaram que as vantagens de um regime vegetariano eram imensas e que este regime era a chave para a coexistência pacífica entre humanos e não humanos, focando que o abate de animais para consumo embrutecia a alma das pessoas. Os argumentos de Pitágoras a favor de uma dieta sem carne apresentavam três pontos: veneração religiosa, saúde física e responsabilidade ecológica. Estas razões continuam a ser citadas hoje em dia por aqueles que preferem levar uma vida mais saudável. 

O Cristianismo primitivo, com raízes na tradição judaica, viu o vegetarianismo como um jejum modificado para purificar o corpo. Isto influenciou as restrições dietéticas, como o vegetarianismo, muito comuns no comportamento cristão da época. E estas crenças pagãs foram transmitidas ao longo dos anos de uma forma ou de outra - por exemplo, a proibição de carne (excepto peixe) da Igreja Católica Romana nas sextas-feiras, durante a Quaresma. Desde então, no decorrer da Idade Média, todos os seguidores das filosofias evolucionistas que eram contra o abate e abuso dos animais, eram considerados fanáticos, hereges e frequentemente perseguidos pela Igreja e queimados vivos. O mundo medieval considerava que os vegetais e cereais eram comida para os animais. Somente a pobreza compelia as pessoas a substituírem a carne pelos vegetais. 

A carne era o símbolo de status da classe alta. Quanto mais carne uma pessoa pudesse comer, mais elevada era a sua posição na sociedade. Com o virar do século XX, a população britânica encontrava-se ainda num estado de pobreza. A Sociedade Vegetariana, durante a crise de 1926, distribuía alimentos às comunidades mais carenciadas - o vegetarianismo e o humanitarismo estiveram sempre proximamente relacionados. Devido à escassez de alimentos durante a Segunda Guerra Mundial, os britânicos foram encorajados a cultivarem os seus próprios vegetais e frutas. A dieta vegetariana manteve a população, e a saúde das pessoas melhorou muito durante os anos de guerra. 

Nos anos 50 e 60 do século XX, muitas pessoas tomaram consciência do que se passava nas unidades de produção intensiva, introduzidas após a guerra. O vegetarianismo tornou-se mais apelativo quando as influências orientais se espalharam pelo mundo ocidental. Durante as décadas de 80 e 90, o vegetarianismo ganhou um novo ímpeto, quando o desastroso impacto que a super produção capitalista estava a causar no planeta se tornou mais evidente. Os assuntos ambientais dominaram os noticiários e estiveram durante muito tempo em primeiro plano na política. O vegetarianismo começou a ser encarado como parte de processo para uma melhor conservação dos recursos do planeta.
 Mais recentemente, assuntos como as importações de gado foram motivo de oposição ao consumo de carne por parte de muitas pessoas. Preocupações em relação à saúde surgiram quando as pessoas se aperceberam de que os animais para consumo estavam infectados com doenças como a “doença das vacas loucas” (BSE), listeria e salmonelas.

 Desde os anos 80 do século XX, a consciência popular tem-se focado cada vez mais num regime de vida mais saudável e sustentado. O vegetarianismo passou então a ser mais associado à saúde e dados cada vez mais concretos apontaram a carne como causa de inúmeras doenças.
Como é óbvio, não foi nem é a carne em si mesma, a causa das doenças. A causa deve ser encontrada no sistema de super produção capitalista. É o sistema de mercado, é a gula capitalista que na sua ânsia de vender, vender, ganhar, ganhar mais e mais, tudo manipulam para acelerar as produções, e por arrastamento provocam todos os problemas de saúde pública que lhes estão associados.
Consequentemente, o não consumo de carne e de outros produtos de origem animal foram associados à não-violência, ao respeito pelos animais, a uma alimentação mais equilibrada e os produtos de origem vegetal ganharam mais adeptos.

Desde então organizações de defesa dos animais e de promoção do vegetarianismo começaram a ganhar cada vez mais força e a desenvolver acções mundiais. Os benefícios do vegetarianismo têm sido evidentes ao longo de todas as culturas, e uma dieta exclusivamente à base de vegetais tem mantido a população humana desde há milhões de anos atrás.
Com a evolução do processo de globalização a crescer de forma exaustiva, com muitos recursos a decrescerem e com sectores capitalistas a verem no vegetarianismo uma fonte de rendimento, o vegetarianismo começa a ser considerado por muitos como uma solução para os problemas alimentares e irá influenciar grandemente o futuro das gerações que se seguem.

DIETA VEGETARIANA SIM OBRIGADO

Cuidados necessários
Os cuidados mais importantes a tomar numa dieta vegetariana dizem respeito à vitamina B12, ao cálcio e aos ácidos graxos ômega 3. Os dois primeiros devem ser considerados com especial atenção por vegetarianos estritos; o terceiro deveria ser uma preocupação de todos, inclusive não-vegetarianos.

 Vitamina B12
Deficiência de vitamina B12 pode causar anemia e danos ao sistema nervoso.
Nenhum alimento de origem vegetal contém vitamina B12 em forma utilizável por seres humanos. No passado, acreditava-se que alimentos como espirulina, algas marinhas, levedura de cerveja ou produtos fermentados à base de soja (como Tempe e misso) poderiam conter vitamina B12. Hoje sabe-se que isso não acontece.
Uma ingestão apropriada de vitamina B12 pode ser garantida de uma das seguintes formas:
Consumir diariamente 3 fontes de vitamina B12, como, por exemplo, 1 copo de leite (250mL), 185ml de iogurte, um ovo grande ou 1 copo (250mL) de leite de soja enriquecido com vitamina B12.Consumir diariamente um suplemento vitamínico contendo entre 5 e 10mcg de vitamina B12, ou consumir semanalmente um suplemento contendo 2000mcg de vitamina B12.
Consumo ocasional de leite ou ovos não supre as necessidades de vitamina B12.

Cálcio
Alguns estudos sugerem que a absorção de cálcio numa dieta vegetariana estrita seja melhor que naquelas que incluem alimentos de origem animal. No entanto, é recomendado seguir os valores diários de 1000 mg.

Alimento
Porção
Leite ou iogurte
½ Copo (125 ml)
Leite de soja enriquecido com cálcio
½ Copo (125ml)
Queijo
20 g
Tahini (pasta feita de sementes de sésamo)
2 Colheres de sopa 30ml
Brócolos, folhas de mostarda (cozidas)
1 Copo (250ml)
Brócolos, Folhas de sésamo (crus)
2 Copos (250ml)
A tabela ao lado mostra exemplos de alimentos ricos em cálcio e de porções que incluem cerca de 10% do valor diário recomendado. É aconselhado a ingestão de pelo menos 8 porções deste tipo ao dia.
































Por sua vez, o Dr.John Mc Dougall explicou que as plantas, que estão carregadas de minerais em quantidades suficientes para construir os esqueletos dos maiores animais da terra (o elefante, o hipopótamo, a girafa, o cavalo, a vaca), possuem cálcio

Suficiente para desenvolver os ossos relativamente pequenos do ser humano. O Dr. McDougall afirmou que a observação de que biliões de pessoas desenvolvem esqueletos adultos normais sem consumir leite de vaca ou suplementos de cálcio deveria ser suficiente para deixar toda a gente descansada em relação à adequação de uma dieta vegetariana estrita, mas que infelizmente esse não é o caso, devido à propaganda enganosa da indústria do leite. Escreveu ainda sobre os inúmeros malefícios do consumo de leite.
As melhores fontes vegetarianas de cálcio são os vegetais e legumes de folhas verdes (brócolos, couve de Bruxelas, couve-galega, etc. a excepção é o espinafre, cujo cálcio é de difícil absorção), feijões, tofu, figos secos, amêndoas, sementes de chia, sementes de sésamo, taine, sementes de girassol, e rabanetes. Dos alimentos referidos, os mais ricos são as sementes de chia (1,010 mg) e as sementes de sésamo (1,404 mg). Os «leites» vegetais também costumam conter cálcio. Muitos outros alimentos vegetarianos contêm cálcio, mas em menor quantidade que os atrás mencionados.

 Ferro

O ferro está presente numa grande quantidade de alimentos vegetarianos, como por exemplo as lentilhas, o feijão preto, o feijão-frade, o feijão de soja, o caju, o espinafre, as sementes de girassol, o pão de trigo integral, vários cereais de pequeno-almoço, o grão-de-bico, as sementes de abóbora, as passas, a quinoa e a beterraba. Um vegetariano que tome 50 miligramas ou mais de vitamina C na mesma refeição em que consome alimentos ricos em ferro, faz com que a absorção de ferro duplique. A salsa é também bastante rica em ferro e outros minerais, assim como em várias vitaminas. Convém no entanto referir que a salsa deve ser consumida crua, já que parte das suas vitaminas se perde com a cozedura. Outro alimento muito aconselhável é a aveia, uma vez que para além de ser rica em ferro, ainda possui cálcio, proteínas, fibras e vitaminas.
 
 Zinco
Nas dietas vegetarianas o zinco pode ser obtido através de cereais integrais, nozes, pistachos, amêndoas, cajus, pinhões, sementes de abóbora, sementes de sésamo, sementes de chia, sementes de linhaça, cevada, vegetais de folhas verdes e ervilhas. As nozes e as sementes são os alimentos vegetarianos mais ricos em zinco.
 Ómega 3
É recomendado o consumo de 2 porções diárias de alimentos ricos em ómega 3, como por exemplo:
1 Colher de chá (5mL) de óleo de linhaça;
3 Colheres de sopa de óleo de canola ou de soja;
1 Colher de sopa (15mL) de linhaça moída;
Outras fontes vegetais de ómega 3 são: sementes de linhaça (também contêm ómega 6, mas em menor quantidade), sementes de chia, sementes de cânhamo, nozes, vegetais de folhas verdes (estes últimos em menor quantidade).

Por sua vez, o ómega 6 pode ser obtido através de óleo de semente de uva, sementes ou óleo de girassol, sementes ou óleo de abóbora, sementes ou óleo de sésamo, cânhamo, nozes, feijão de soja, óleo de feijão de soja, etc.
Alguns alimentos vegetais contêm tanto ómega 3 como ómega 6. São eles: a soja, o cânhamo e as nozes. Os legumes de folhas verdes escuras (por exemplo espinafres, salsa, brócolos), e as algas, contêm pequenas quantidades dos ácidos gordos essenciais. As bebidas de soja e os iogurtes de soja, assim com algumas manteigas vegetais, também contêm ácidos gordos essenciais.
É importante lembrar que a dieta vegetariana, tal como a dieta omnívora, devem ser ricas e variadas.

Mais Razões para uma dieta vegetariana

Razões éticas - O respeito pela vida animal. Os defensores dos seus direitos consideram injusta  e cruel a matança e o sofrimento de animais para consumo humano, por causa da violência que esse processo envolve. Muita gente não sabe que os animais abatidos sangram até morrer. Diariamente, são mortos milhares de pintos machos, só porque não produzem ovos. Alguns são esmagados. Outros são sufocados. Os activistas mais radicais consideram o abate de vacas assassinato e o de vitelos, infanticídio.
Questões dietéticas - Quem sofre de níveis altos de colesterol não tem grandes alternativas. A melhor maneira de reduzir o consumo de gordura é evitando a carne. O nível de colesterol ingerido pelos vegetarianos é cerca de 20% mais baixo.

Perigo para a saúde pública - A divulgação de notícias sobre potenciais perigos para a saúde pública levou muita gente a deixar de frequentar os talhos e as peixarias. Em causa está o alarmismo provocado pelo aparecimento de casos de porcos com peste suína africana, de frangos com nitrofuranos, de vacas com encefalia bovina espongiforme e de peixes contaminados com mercúrio.

Preocupações ambientais - Metade das florestas tropicais foram, nas últimas décadas, dizimadas e transformadas em pastos para gado. Há quem diga que, se estivessem apenas vocacionados para a cultura de vegetais e cereais, os nossos terrenos férteis alimentariam, na mesma proporção, mais seres humanos. Cem hectares de terra produzem carne que alimenta 20 pessoas, mas podem produzir trigo suficiente para alimentar 240. Como se não bastasse, os produtores de carne estão entre os maiores poluidores da água.

Convicções religiosas - Há milhares de pessoas que não se alimentam de carne por razões meramente religiosas. Os Hindus consideram as vacas sagradas e não as comem. A maioria segue uma dieta exclusivamente vegetariana. O Budismo faz a apologia do vegetarianismo, mas admite o consumo moderado de carne de porco. A lei judaica interdita ainda as ostras. A Igreja Católica, no passado, além dos jejuns, também limitava a ingestão de carne. Esta só se comia em dias festivos e em casos de doenças.

COMO SE DEVE TER UMA BOA DIETA VEGETARIANA
Servir carne e peixe a todas as refeições tornou-se prática corrente nas últimas décadas. O número de pessoas que sofrem de obesidade e colesterol aumentou. O consumo geral de vegetais e legumes diminui. O resultado é uma carência de fibras, vitaminas e sais minerais. Esses são, juntamente com as proteínas e com os hidratos de carbono, os nutrientes essenciais em qualquer regime alimentar. Uma boa dieta vegetariana deve ser rica em proteínas, em fibras e em alimentos baixos em calorias. Contidas na carne, nos ovos e nos produtos lácteos, as proteínas de origem animal fornecem muitos dos aminoácidos de que o organismo necessita. Em contrapartida, também concentram um elevado número de gorduras.
Os legumes secos e os cereais devem ocupar um espaço importante na sua alimentação. O problema é que não contém todos os aminoácidos necessários. Têm menos que os das proteínas de origem animal. Devem assim, por isso, ser combinados com outros alimentos que os tenham em quantidades necessárias. Só assim o organismo pode formar proteínas completas.
Apesar dos seus benefícios, os médicos e os nutricionistas desaconselham o regime vegetariano a crianças, idosos e mulheres grávidas.

AS MELHORES COMBINAÇÕES
Há toda uma série de associações que podem ser feitas para equilibrar a ingestão de proteínas e suprimir as suas carências. Cada país tem as suas combinações próprias. Os Indianos têm o hábito de cozinhar o arroz com lentilhas. Os Mexicanos misturam o milho com o feijão. Há países do Médio Oriente que juntam o trigo e o grão. Há, no entanto, outras que se podem e devem fazer:
Cereais + legumes frescos
Arroz + tofu
Massas + queijo
Muesli + leite
Pão + manteiga de amendoins
Cuscuz + grão
Cereais + queijos
Paté de lentilhas  + pão
Verduras + cereais
Gelatina (vegetal) contém dez dos aminoácidos do nosso organismo

Quem não ingere ovos nem lacticínios deve ter cuidados redobrados, porque, apesar das suas vantagens, as proteínas  vegetais são mal assimiladas pelo organismo. No entanto, estas combinações não têm de ser todas feitas na mesma refeição. Basta que esses alimentos sejam ingeridos ao longo do dia.

Reforço de Argumentos e Conceitos pelo Vegetarianismo

Muitos vegetarianos defendem que o ser humano está mais apto a consumir comida vegetariana do que a alimentar-se com a carne de animais. Diversos naturalistas célebres, como John Ray, Carolus Linnaeus, Georges Cuvier e Richard Owen sustentaram este ponto de vista. John Ray, por exemplo disse: o homem de maneira nenhuma tem a constituição de um ser carnívoro. A caça e a velocidade não são naturais para ele. O homem não tem nem os dentes pontiagudos nem as garras para matar a sua preza. Pelo contrário, as suas mãos são feitas para colher fruta, bagas e vegetais e os seus dentes apropriados para mastiga-los.
Através do exame da fisiologia e da anatomia humana concluem que a dieta natural do homem é naturalmente vegetariana. Um dos argumentos consiste em afirmar que o ser humano sente repugnância ao ver animais mortos e que o cheiro das carcaças animais não nos desperta apetite, ao passo que os animais que se alimentam de carne apreciam o cheiro da carne crua. Há muitos séculos que os vegetarianos desafiam os não vegetarianos a apanhar os animais que comem, a mata-los e a come-los crus, tal como fazem os animais na natureza. Veja por exemplo os escritos de Plutarco Gassendi e de Percy Bysshe Shelley. Em Portugal a defesa deste ponto de vista era levada a cabo pelo médico Amílcar de Sousa: "Da velha confusão de teorias médicas, da grande época obscura do empirismo, como um dogma da ciência de então, uma forma errónea e cheia de preconceito, como se fora um mandado religioso e por isso mesmo eivado de má fé, surgiu com esta frase perturbante: O homem é omnívoro. Como à boca se pode levar tudo que se queira, daí resultou essa monstruosidade detonante da humanidade! Desde a forma dos dentes à capacidade do estômago e às dimensões do intestino, como dados anatómicos em referência à comparação da série animal de que o homem é primaz – tudo demonstra que o género humano não é omnívoro. A dentadura é semelhante à dos símios antropóides que se alimentam de frutos; e se os obrigarmos a serem carnívoros, imediatamente estigmas de degenerescência se notam, doenças de pele, a queda dos pelos, o reumático e outras manifestações de artritismo. A alimentação humana tem sido desvirtuada pelo preconceito."A carne não é o alimento do homem. Para o ser, devíamos poder matar os animais com as mãos e garras, e triturarmos os ossos ou lacerar os músculos ainda quentes com os dentes, como faz a hiena. Desprovidos de armas cortantes e do artifício da culinária, o homem não pode utilizar-se da carne nem do peixe."
Recentemente, dois conceituados antropologistas, Donna Hart e Robert Wald Sussman, puseram de lado a teoria de que o ser humano pré-histórico era caçador no polémico livro Man the Hunted: Primates, Predators, and Human Evolution, acrescentando novos argumentos à causa vegetariana.

Vegetarianismo e nutrição
Por aconselhamento médico ou por auto-iniciativa, esta é uma motivação para muitas pessoas seguirem um regime vegetariano.
Uma dieta vegetariana equilibrada é geralmente eficaz em equilibrar os níveis de colesterol, reduzir o risco de doenças cardiovasculares e também evitar alguns tipos de cancro, entre outras razões. Segundo estudos recentes, os vegetarianos têm menos probabilidade de desenvolver cancros do que as pessoas que consomem carne. De acordo com os cientistas, as carnes vermelhas e as carnes processadas, como o fiambre e o toucinho estão ligadas à ocorrência de cancro do intestino, e 3,700 casos desta doença seriam prevenidos todos os anos no Reino Unido se toda a gente consumisse menos de 70g de carne processada por semana. Segundo esse mesmo estudo, deixar de beber álcool, comer muita fruta, vegetais e fibra ajuda a prevenir o cancro dos intestinos.
Segundo a organização médica Physicians Committee for Responsible Medicine (PCRM) o consumo de carne contribui para uma maior ocorrência de impotência sexual, pois esse alimento entope as artérias, sendo aconselhada pela organização a adopção de uma dieta vegetariana como ajuda na resolução desse problema.

Outro aspecto relevante prende-se com a qualidade dos produtos animais que chegam ao mercado. Alguns animais criados para consumo humano são alimentados com uma quantidade significativa de hormonas de crescimento e antibióticos para resistirem às doenças, sendo a carne que chega à mesa, muitas vezes, de má qualidade. Por outro lado, a poluição dos mares e rios podem tornar a carne de peixe igualmente insegura. Todas as toxinas e os químicos que existem na água concentram-se no peixe, e quando ingerimos a sua carne ingerimos essas substâncias, que incluem mercúrio, chumbo, pesticidas, arsénio, e muitas outras. Cientistas da Harvard School of Public Health descobriram que o mercúrio existente no peixe pode causar danos irreversíveis no cérebro das crianças, tanto às que se encontram no útero, com às que estão em desenvolvimento.
Uma das novas razões de saúde, são as recorrentes crises da indústria alimentar, como a das vacas ou a da gripe aviaria, que levam muitas pessoas a adoptar uma dieta diferente.

Quanto aos vegetais, frutas, verduras e legumes também há a preocupação com a infinidade de agros tóxicos, que podem ser tão prejudiciais à saúde quanto as hormonas empregues nos animais [carece de fontes?] Segundo o Dr. Benjamin Spock, uma boa razão para consumirmos alimentos de origem vegetal é que os animais tendem a concentrar pesticidas e químicos na sua carne e leite, ao passo que os alimentos vegetais, mesmo não sendo orgânicos, contêm muito menos contaminação. De acordo com um estudo publicado no New England Jounal of Medicine, o leite de mães vegetarianas contém apenas 1 ou 2% dos pesticidas que foram encontrados no leite de mães não vegetarianas. Devido ao processo de Bio-acumulação os químicos têm tendência a acumular-se nos tecidos dos animais que estão mais alto na cadeia alimentar. Por isso, quanto mais subimos na cadeia alimentar mais concentrados se tornam os químicos tóxicos, o que leva a grandes quantidades na carne e no peixe. Por exemplo, a vaca ao consumir plantas e grão com pesticidas e outros poluentes absorve essas substâncias, que se vão juntar com as drogas e hormonas geralmente administradas a esses animais; o peixe que comemos consumiu outro peixe mais pequeno que por sua vez consumiu algas contaminadas, e estes factores (entre outros) levam a que os não vegetarianos tenham um nível de pesticidas muito mais elevado do que os vegetarianos. Ao comerem no topo da cadeia alimentar os seres humanos tornam-se os receptores da maior concentração de pesticidas venenosos. De facto, a carne contém 13 vezes mais DDT (químico para matar insectos) do que os alimentos vegetais.

Há que se ter muita higiene antes de preparar os alimentos, sejam eles quais forem, lembrando que os vegetais são uma fonte indispensável de vitaminas e de saúde.
O consumo de carne e peixe é igualmente propício à propagação de parasitas, como por exemplo a ténia. Mesmo que a carne seja cozinhada é frequente que as bactérias não sejam destruídas, sendo estas notáveis fontes de infecção.
De acordo com o Nutrition Institute of América "a carne de uma carcaça animal está carregada de sangue tóxico". Mal o animal é morto dá-se um processo de putrefacção e de decomposição extremamente rápido. Além disso (a carne em processo de decomposição), ao contrário da comida vegetariana, passa muito lentamente pelo sistema digestivo humano, estando em constante contacto com os órgãos digestivos. O Dr. José Lyon de Castro escreveu que a carne contém agentes tóxicos e numerosos venenos provenientes do anabolismo, que são altamente nocivos ao organismo. Acrescentou que mal o animal é abatido, formam-se venenos devido à decomposição cadavérica, e que até no frigorífico, que aguenta a carne por algum tempo, esta altera-se a cada hora passada. Referiu que o fígado e os rins são os órgãos que mais se afectam pelo consumo frequente de carne, que é um alimento pobre em minerais, vitaminas, e em hidratos de carbono (exceptuando a gordura). O Dr. Pedro Indíveri Colucci (1879-1987), que desaconselhava todos os tipos de carne principalmente devido ao facto de esses alimentos produzirem ácido úrico, escreveu que "a carne proveniente dos animais novos, contem ainda mais purinas do que a de animais adultos, assim como todas as carnes denominadas brancas produzem mais ácido úrico do que as vermelhas" e que "a carne, seja de que espécie for, irrita o tubo digestivo e causa hipercloridria, a obstipação, a enterite muco membranosa, a apendicite e torna-se particularmente perigosa para aqueles que têm os rins e o fígado alterados".
Hoje em dia as vacas são estimuladas com uma hormona de crescimento bovino para produzirem cerca de dez vezes mais leite do que seria normal. Por isso sofrem frequentemente de mastite, uma inflamação da glândula mamária que é muito dolorosa. Quase todo o leite é contaminado com pus, e quando as vacas são tratadas com antibióticos estes podem ser transferidos para os humanos através do leite. Os investigadores concluíram que um copo de leite de vaca contém desde uma a sete gotas de pus, o que é perigoso porque o pus contém bactérias.



CONCLUSÃO
               Este grupo teve a seguinte metodologia na elaboração dos trabalhos: Começamos pelas vitaminas, onde nos coube falar da vitamina E a K, Fósforo e sal mineral, para além do trabalho de Vegetarianismo e Dieta Macrobiótica.
             
  Falando sobre a vitamina E, que é uma vitamina que previne: os danos celulares ao inibir a peroxidação lipídica, a formação de radicais livres e doenças cardiovasculares; Melhora a circulação sanguínea, regenera tecidos e é útil no tratamento de seios fibrocísticos, tensão pré-menstrual e claudicação intermitente; É, ainda, possível obter dos alimentos as doses de vitamina E que combatem doenças cardíacas e o cancro, além de aumentar a resistência imunológica. Está provado cientificamente que as pessoas que consomem verduras, nozes e óleos vegetais, têm probabilidade muito menor de desenvolver a doença de Parkinson. Entre as melhores fontes naturais de vitamina E estão: sementes de girassol, espinafres, amêndoas e pimentões.
               A vitamina K é necessária principalmente para o mecanismo da coagulação sanguínea, que nos protege de sangrar até à morte a partir de cortes e feridas, bem como contra as hemorragias internas. É essencial para a síntese da protrombina, uma proteína que converte o fibrinogénio solúvel em circulação no sangue numa proteína bastante insolúvel chamada fibrina, o componente principal de um coágulo sanguíneo. As melhores fontes de vitamina K na dieta são os vegetais de folhas verdes, tais como folhas de nabo, espinafres, brócolos, couve e alface.
               A vitamina K é necessária principalmente para o mecanismo da coagulação sanguínea, que nos protege de sangrar até à morte a partir de cortes e feridas, bem como contra as hemorragias internas.
               O Fósforo é o único nutriente que não existe na atmosfera, sendo unicamente em forma sólida nas rochas. Ao mineralizar-se, é captado pelas raízes das plantas o qual se incorpora a cadeia trófica dos consumidores, devolvendo ao solo, nos excrementos ou através da morte.
               É utilizado para prevenção e tratamento de doenças como osteoporose, artrite reumática, artrite, artrose, cálculos renais. A combinação destes fosfatos também pode ser utilizada como antioxidante e solubilizante. Também é extremamente benéfico para as funções mentais (memória e raciocínio).

Seguiu-se o trabalho sobre Vegetarianismo e Dieta Macrobiótica.
               O Vegetarianismo é um regime alimentar que exclui da dieta todos os tipos de carne (vaca, peixe, frutos do mar, porco, borrego, cabrito, frango e outras aves, etc.), bem como alimentos derivados. É baseado fundamentalmente no consumo de alimentos de origem vegetal, com ou sem o consumo de lacticínios e/ou ovos.
               Existem quatro dietas Vegetarianas. Sendo que a verdadeira (ou integral) é aquela que é composta unicamente por alimentos de origem vegetal.
               O Vegetarianismo surgiu há cerca de 5 milhões de anos atrás. Os nossos antepassados, alimentavam-se de frutas, folhas e sementes, vivendo em perfeita harmonia com os animais mais pequenos, que poderia facilmente apanhar para se alimentar.
               Bem-vinda toda a diversidade para a síntese de conhecimento nos corpos e nas mentes que se querem sãs. No nosso trabalho assim como no nosso organismo “nada se cria, nada se perde e tudo se transforma”, ou não fossemos nós o reflexo e um produto da mãe Natureza.
               Uma dieta macrobiótica consiste em adequar os alimentos energicamente segundo as necessidades de cada indivíduo, tendo em conta a idade, o sexo, a actividade física e o estado de saúde.
               Esta dieta pratica-se a partir de uma disciplina inicial, com o objectivo de proporcionar a cada um através de uma reeducação do organismo, os meios para se libertar dos maus hábitos, vícios e condicionamentos alimentares impostos por uma sociedade consumista, de modo, a alcançar o bem-estar físico e psíquico.
               A palavra "macrobiótica" vem da raiz grega e significa "vida longa".
               O criador dessa filosofia foi George Ohsawa, que acreditava que a simplicidade é a chave para uma saúde óptima.
               Os alimentos são classificados com qualidade yin (que utiliza - eleva) e yang (que densifica - aterra), objectivando o equilíbrio (o ponto de harmonia) em todos os aspectos da vida do praticante.
               A Macrobiótica é rica em cereais integrais, legumes, leguminosas, sementes e raízes, tudo sendo harmonizado pelo equilíbrio entre os alimentos que são yin ou yang.
               Normalmente, as pessoas interessadas na dieta macrobiótica estão à procura de uma maneira saudável de se alimentar que integra física, espiritual e saúde planetária. Porque com pouca gordura e alta fibra esta dieta é frequentemente recomendada para o cancro e outras doenças crónicas, a dieta macrobiótica tem sido usado por pessoas com essas condições.

               Para finalizar, foram muitas horas de pesquisas para apresentar este trabalho, o qual nos enriquecerá de bom grado nos conhecimentos adquiridos.





Fontes:
  • http://www.centrovegetariano.org/Article-439-Vegetarianismo%2Bem%2BPortugal%253A%2Bum%2Bs%25E9culo%2Bde%2Bhist%25F3ria.html
  • Http://www.tefal.pt/Tefal+magazine/Hot+topics/Cozinha+Vegetariana/Pages/Vegetarianismo.htm
  • Http://pt.wikipedia.org/wiki/Vegetarianismo
  • Http://alimentacao-vegetariana.blogspot.com/2008/01/o-porqu-de-uma-alimentao-vegetariana.html
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